quarta-feira, 9 de abril de 2014

"A frota", de Alfred Tennyson

"Tu, tu, se falhares em compreender
o que a Inglaterra é, e o todo que ela é,
sobre ti cairá a maldição de toda a terra
se cair esta velha Inglaterra
que Nelson deixou tão grande.

A sua ilha, o mais pujante poder oceânico na Terra,
a nossa formosa ilha, a senhora de todos os mares...
a sua completa franquia... o que valeria isso...
a sua antiga fama de Livre...
se ela fosse... um estado caído?

O seu exército destemido, espalhado, e tão pequeno,
as suas miríades de ilhas alimentadas de terras
de além-mar...
a frota da Inglaterra é o seu todo;
a sua frota está nas tuas mãos,
e na sua frota o destino dela.

Tu, tu que tens às ordens a sua frota,
se tu ao menos te compadecesses da sua desgraça,
quando todos os homens definham... os milhões de pés
da maralha bravia
pontapear-te-ão do lugar;
mas então será tarde demais, tarde demais."

(Do livro Poemas de Alfred Tennyson, tradução de Octávio dos Santos, publicado pela Saída de Emergência, Lisboa.)

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